DICAS PARA ENVIO DE MATERIAL Todo material biológico coletado à campo deve ser devidamente acondicionado e transportado dentro de um prazo determinado para não colocar todo o trabalho a perder, mesmo porque na maioria dos casos, o local de coleta e o laboratório onde o material é processado, fica muito distante, portanto agilidade e a forma correta de envio, são fundamentais para o êxito do trabalho. |
1. INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA ENVIO DE MATERIAL AO LABORATÓRIO Somente serão aceitas pelo laboratório as amostras que vierem acompanhadas de identificação completa sobre tipo de amostra, dados da propriedade e proprietário, responsável pela colheita (telefone, endereço, e-mail), data da colheita, espécie animal, análises a serem realizadas, suspeita clínica (quando necessário). Além disso, também devem acompanhar os dados para o envio da cobrança (CPF, CNPJ, endereço), do relatório de ensaio, isto é, todos os dados necessários para preenchimento do Cadastro de Recebimento de Amostra do SGC e das fichas de acompanhamento de amostras. 2. TRANSPORTE E ESTOCAGEM DAS AMOSTRAS Amostras de soro sanguíneo em geral devem ser mantidas sob refrigeração e analisadas dentro de no prazo máximo de 72 horas e quando mantidas congeladas a – 20ºC por período indeterminado; NOTA • O ideal é que estas amostras cheguem ao laboratório o mais rápido possível; • Quando as amostras apresentarem inconformidades identificadas na análise crítica, as mesmas serão mantidas no laboratório em temperatura adequada para o seu armazenamento e será feito contato imediato com o cliente. 3. COLHEITA DE AMOSTRAS DESTINADAS A REALIZAÇÃO DE ENSAIOS SOROLÓGICOS: A colheita deverá ser feita de modo a evitar a contaminação com produtos e outros microrganismos presentes no ambiente ou no próprio animal. Por essa razão, frascos, tubos, seringas, agulhas e demais instrumentais a serem utilizados devem estar estéreis. As etapas da coleta exigem o cumprimento de algumas normas que podem ser assim resumidas: a) A amostra de sangue coletada deve cobrir no mínimo 50% da capacidade de um tubo ou frasco de 10 mL. b) Para se obter um soro adequado para análise, os tubos com sangue devem ser mantidos à temperatura ambiente por, no mínimo, 2 ou 3 horas, ao abrigo da luz, até que ocorra a coagulação sangüínea. Após a separação do coágulo, transferir o soro para um frasco estéril. Não usar frascos ou tubos úmidos, porque pode hemolisar o sangue; c) O soro deve ser conservado refrigerado e enviado o quanto antes ao laboratório evitando-se assim, a deterioração da amostra. Em caso de demora no envio (mais de 72 horas), deve-se congelar o soro e enviar sob refrigeração. d) Os tubos devem ser identificados de tal forma que o número corresponda ao especificado no formulário de solicitação de exames. PARTICULARIDADES 4. COLHEITA DE AMOSTRAS DE SUABES A colheita de material para análise laboratorial através de suabes pode ser feita nos casos de diarréia, secreções nasais, descargas vulvares, meningite estreptocócica, pneumonias e outros. - Utilizar suabes estéreis flexíveis de aproximadamente 15 cm, podendo conter meio de transporte se o período entre a colheita e o recebimento no laboratório exceder 24 horas. - O frasco deve ser aberto somente no ato da colheita. - Em casos de descarga vulvar o material é colhido com movimento de pincel na região da vulva e vagina profundamente. - Nas diarréias pode-se colher diretamente da região do reto ou indiretamente no material fecaI. - Para cavidade nasal realiza-se introdução profunda do suabe e com um movimento de pincel colhe-se o material para exame. - Para colheita no cérebro, após abrir a caixa craniana, passar o suabe na intersecção dos dois hemisférios do cérebro e do cerebelo. - Nos casos de pneumonias, passar o suabe dentro do abscesso (quando houver), na parede dos pulmões quando há presença de fibrina, no local onde há hepatização. Sendo aconselhável nesses casos enviar o pulmão ao laboratório. - Após a colheita o suabe deve voltar imediatamente para dentro do frasco. - Todos os frascos devem ser etiquetados para melhor identificação. - As amostras devem ser colocadas em caixas de isopor com gelo embalado para manter a refrigeração. 5. COLHEITA DE AMOSTRAS DESTINADAS A REALIZAÇÃO DE ENSAIOS VIROLÓGICOS: O sucesso no cultivo virológico de amostras de campo depende de uma série de fatores que podem interferir no diagnóstico laboratorial como a forma de colheita, tipo de peça anatômica, quantidade de amostra, acondicionamento, transporte, tempo após a colheita e tempo de estocagem. A fase aguda da doença é o período com maior possibilidade de detecção do vírus. Ou seja, sempre que possível colher material para o isolamento do vírus ou para a detecção antigênica no início da enfermidade, quando estão presentes os sinais clínicos. Os procedimentos para colheita de amostras para exame virológico são descritos a seguir. 5.1 PROCEDIMENTOS PARA A COLHEITA DE AMOSTRAS DESTINADAS A REALIZAÇÃO DE ENSAIOS VIROLÓGICOS: Os materiais de predileção para serem enviados para a detecção de vírus são tecidos colhidos durante as necropsias e/ou de abortos, de secreções tais como: secreções nasais, vaginais, prepuciais, sêmen, leite, fezes, conteúdo intestinais ou uterinos, líquidos de vesículas, sangue integral e soro. a) Colher os órgãos de animais com quadro clínico compatível ao da suspeita, após o sacrifício ou logo em seguida da morte, de forma mais asséptica possível, não devendo ser utilizados instrumentos com os quais se fez a necropsia; b) Existindo a suspeita clínica, na realização da necropsia, colher inicialmente os órgãos alvo de escolha para a doença em questão, e posteriormente o restante. c) Os órgãos podem ser coletados inteiros. Se for necessário seccionar, o fragmento a ser submetido deve incluir o tecido com a lesão; d) Para conservação de órgãos e tecidos, utiliza-se a refrigeração. Em caso de demora no envio (mais de 72 horas), pode-se, porém nem sempre é aconselhável, congelar o material e enviá-lo sob refrigeração; e) Não é recomendável o congelamento de amostras para o isolamento viral, pois temperaturas de 0 ºC a -40 ºC podem inativar alguns vírus. Se for inevitável o congelamento das amostras, utilizar gelo seco ou nitrogênio líquido. A exceção ocorre quando for referente a algum vírus que tolere temperaturas de até -20 ºC. Também pode ser utilizados meios específicos que conservem a amostra; f) Formol, glutaraldeído, álcoois ou outros produtos químicos não devem ser utilizados para a remessa de amostras para diagnóstico virológico, pois estas substâncias podem inativar os vírus; g) Secreções para isolamento viral devem ser colhidas com suabe sem alginato de sódio, uma vez que esta substância inativa alguns vírus; h) Os suabe devem ser colocados em frascos ou embalagens estéreis e mantidos refrigerados, enviados em embalagem tripla; i) Se for inevitável o congelamento das amostras, utilizar gelo seco ou nitrogênio liquido, quando se desejar o isolamento viral, pois temperaturas de 0 ºC a -40 ºC podem inativar alguns vírus; j) A amostra deve ser remetida ao laboratório o mais breve possível, já que as secreções são colhidas, geralmente, para isolamento viral ou detecção antigênica. Postado por: Geovani M. G. Silva Méd. Veterinário (UFBA) Técnico em Fiscalização ( ADAB) |
A ASTEFIRBA nasceu sob a égide de um fórum de discussão para regulamentação da carreira. Segue boa interação levando aprendizagens e aplicando ações relacionadas ao meio ambiente, uso do solo, fiscalização de transportes rodoviários, legislações ambientais e de defesa sanitária animal e vegetal da Bahia, bem como a inspeção de seus derivados, consciente de que o bem estar social e o ambiente sustentável, são as palavras chave do momento histórico-social.
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sexta-feira, 7 de outubro de 2011
ACONDICIONAMENTO DE MATERIAL PARA DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
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